terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Nosce te ipsum

"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer."

Apocalipse, 4:1

Nosce te ipsum



O caos, todas as possibilidades latentes
Fervilhantes de vontade e potência
A matéria em busca de transformação

Acaso, a lástima do tempo
Que em segredo impulsiona planetas, estrelas, partículas
E meus desejos, inutilmente
A espera do momento eminente, quando a desordem
Transforma-se em autarcia e equilíbrio.
Fatalidades...

Ou haveria intenção?
Na lógica dos arranjos perfeitos
Que une os corpos celestes,
As bocas sedentas 
Com dentes arreganhados, cravados na carne da minha memória
Tudo em um átimo
E no fim, solidão 
                                                      
                                                    caos novamente.